domingo, 10 de maio de 2009

Tempo, tempo, tempo, tempo...



"Talvez pudesse o tempo parar quando tudo em nós se precipita, quando a vida nos desgarra os sentidos e não espera. Ai quem dera houvesse um canto para se ficar longe da guerra feroz que nos domina, se o amor fosse como um lugar a salvo, sem medos, sem fragilidade.
Tão bom pudesse o tempo parar e voltar-se a preencher o vazio.
É tão duro aprender que na vida nada se repete, nada se promete e é tudo tão fugaz e tão breve.
Tão bom pudesse o tempo parar e encharcar-me de azul e de longe, acalmar a raiva aflita da vertigem, sentir o teu braço e poder ficar.
E é tudo tão fugaz e tão breve como os reflexos da lua no rio.
Tudo aquilo que se agarra e já fugiu, é tudo tão fugaz e tão breve."

Mafalda Veiga

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