domingo, 10 de maio de 2009

Lugar nenhum.


"A nenhum outro lugar pertenço, a nenhum outro braço, a nenhum outro corpo. Estranharia todas as mãos que não as tuas, mesmo que em outras só te buscasse. Esculpi um de mim pelos contornos que me deste e meus limites, minhas divisas, agora são todos com o teu território. Seria um estrangeiro em mim mesmo se não pudesse fazer pra sempre do teu corpo o meu último refúgio e já não saberia andar para trás e refazer os dias sem a tua trilha, sem as estrelas que me puseste nos olhos, num outro tempo que não o tempo que fizemos nosso, tão maior, onde cabem nossos momentos esquecidos e as memórias do que ainda seremos."

Ticcia

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